Entre os expositores, estava o francês Axel Detammaecker, 25 anos. Enquanto estudava na faculdade de Direitos Humanos e Ciências Políticas, em Paris, ele se interessou pela economia solidária. Em um intercâmbio no Brasil, o jovem, que mora em Porto Alegre e trabalha em uma incubadora social em São Leopoldo, ouviu falar da feira e veio até Santa Maria para ser voluntário na organização. Axel garante que, quando voltar para França, em setembro, levará um pouco de Santa Maria e da feira na bagagem:
_ Vim para conhecer de perto, na prática, como funciona. É a primeira vez que venho para o interior e confirmo o que sempre ouvi falar, que o povo gaúcho é solidário, o melhor do mundo _ conta Axel, que diz que pretende voltar a Santa Maria no ano que vem para participar novamente da feira.
A irmã Lourdes Dill, que há 21 anos organiza o evento, comemora o crescimento e o sucesso da edição deste ano:
_ Este ano crescemos em qualidade, quantidade, em participação. A alegria de quem participa e prepara é que é a emoção, além da resposta do povo que está aqui, em grande quantidade.
Quem vem pela primeira vez elogia o tamanho do evento e afirma que quer voltar. É o caso do uruguaio Alberto Latorre, 55 anos. Ele é artesão de tecido e lã e participa de feiras de economia solidária no Uruguai. É a primeira vez que ele vem para uma edição no Brasil:
_ A gente participa de encontros de economia solidária no Uruguai e, pela primeira vez, estamos no Brasil e em Santa Maria, e desejamos continuar participando de outras feiras brasileiras, já que é um comércio justo e que gera renda.
E para quem não quer perder a próxima edição, vale anotar na agenda: no ano que vem, o evento já tem data marcada e ocorre nos dias 10, 11 e 12 de julho.